Imagina gerar a sua própria energia, economizar o dinheiro gasto com a conta de luz pelos próximos 25 anos e ainda contribuir para o meio ambiente! É claro que estamos falando da Energia Solar, a fonte renovável de maior abundância que conhecemos.

E falar de Energia Solar é falar também de sustentabilidade. Assunto em voga, as alternativas sustentáveis na geração e consumo energético interessam a toda sociedade e a muitas empresas, preocupadas com a responsabilidade social. Por isso a energia fotovoltaica tem alcançado cada vez mais curiosos, consumidores e pesquisadores.

Acompanhando esse crescimento, vêm as dúvidas, questões e estudos sobre o tema. E apesar de a luz solar ser a fonte limpa mais eficiente que conhecemos, ainda há perguntas sobre o seu potencial de beneficiar o meio ambiente. Por isso, preparamos um texto especialmente dedicado ao assunto.

Porque a Energia Solar é sustentável

Para afirmar se um tipo de energia é ou não sustentável, é preciso analisar seus ciclos de produção e consumo. Quando a balança indica que a natureza tem a capacidade de produzir determinada energia, num fluxo maior do que o ser humano a consome, esse é considerado um processo renovável.

Agora ficou fácil de compreender o porque o sol é uma fonte limpa. Ele todos os dias chega com muita energia e apenas uma pequena parte ainda é aproveitada como poderia ser. Diferente dos combustíveis fósseis, a geração de energia elétrica a partir da energia solar não emite dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx), nem dióxido de carbono (CO2), todos considerados gases poluentes.

Há dois modelos mais comuns de uso desse potencial energético. Um deles consiste nas placas solares fototérmicas (os conhecidos aquecedores solares). Atuam basicamente no aquecimento de água para consumo.

A outra opção, mais eficiente, é utilizar as placas solares fotovoltaicas. Eles utilizam a luz solar para gerar eletricidade que poderá ser direcionada para os mais diversos aparelhos elétricos, eletrônicos, lâmpadas e outros. Confira mais sobre a diferença entre esses dois tipos de aproveitamento da energia provida pelo sol.

Vantagens da Energia Solar no Brasil

As tendências das energias renovaveis. Destaque para energia fotovoltaica.

Apesar da forte expansão nos últimos anos, o potencial da Energia Solar no Brasil ainda tem espaço de sobra. Isso porque essa fonte sustentável ainda é pouco utilizada. E o país tem excelente condições para que essa situação seja revertida.

Diferente de outros lugares, o Brasil tem bons índices de irradiação solar. Os lugares menos eficientes do território nacional, por exemplo, ainda são 30% melhores que os índices da Alemanha, um dos maiores produtores de Energia Solar no mundo.

Além da sustentabilidade, essa energia também traz economia, garante o retorno do investimento inicial aplicado na compra dos equipamentos e rende mais que muitos investimentos do mercado financeiro.

O aproveitamento limitado também tem relação com o desconhecimento. Muitos ainda têm dúvidas sobre a geração, a compensação de créditos, a eficiência dos equipamentos em dias nublados, o preço dos sistemas e outros. No link a seguir você encontra um panorama geral com tudo sobre a Energia Solar Fotovoltaica. Informe-se para saber o quanto essa energia limpa é vantajosa por diferentes motivos.

VOCÊ SABIA? O estado de Minas Gerais pratica a isenção de ICMS para a energia solar, bem como outras formas de fomento. Há hoje no mercado formas de financiamento em até 60 meses, com possibilidade de parcelas menores que o valor pago na conta de luz. Veja mais.”

Debates contrários à sustentabilidade

Há alguns estudos que contestam a sustentabilidade da Energia Solar. Eles indicam, por exemplo, que a energia utilizada na produção dos painéis seja maior que a produzida por ele. Ou, por exemplo, que o descarte do material impactaria de maneira negativa no meio ambiente.

Portanto, para contribuir com esclarecimentos sobre esses assuntos, elaboramos um conjunto de questões que precisam de análise criteriosa. O que você acha, a Energia Solar é ou não sustentável? Veja essas considerações antes de tirar conclusões.

A fabricação da placa solar utiliza mais energia do que ela gera

Embora a produção dos painéis solares necessite de energia, ela não é tanta quanto muitos questionam. Estudo do Laboratório Nacional de Energias Renováveis dos EUA (NREL) revela que a maioria dos módulos usados hoje em dia possuem um “payback” de menos de 4 anos.

Se comparado com a vida útil desses painéis, superior a 25 anos, estamos falando de um impacto ambiental positivo de mais de 20 anos.

Placas solares são feitas com materiais tóxicos

Esse é o principal argumento que embasa os questionamentos. Isso porque, embora não cause nenhum mal ao consumidor, a base das células fotovoltaicas é o silício, extraído de materiais que utilizam técnicas de fabricação que liberam substâncias tóxicas.

Porém, são exigidos dos fabricantes padrões de segurança e medidas para o correto despejo dos resíduos. Para comercializar esses produtos eles precisam atender e adotar essas medidas.

Além disso, com os avanços tecnológicos tem surgido outras opções que poderão substituir os painéis de silício. Uma dessas opções é o painel solar de filme fino, a base de células orgânicas, não tóxicas.

Painéis solares usam muita água para gerar eletricidade

Diferente da tecnologia solar heliotérmica, que requer água para o resfriamento, o painel fotovoltaico não utiliza água no seu processo de geração de energia. A água está presente apenas no processo de fabricação, como na maioria das manufaturas. Mas a quantidade utilizada é pequena.

Outro uso da água é na limpeza das placas. Essa é parte do processo de manutenção das mesmas, mas a periodicidade é bem longa, geralmente uma vez a cada ano.

Usinas solares ocupam terras que poderiam ter vegetação

São muitos os locais onde podem ser instalados a energia solar. Portanto, é possível evitar o uso dos solos que poderiam estar cobertos por vegetação. Ou utilizar solos que não são favoráveis para vegetação, caso por exemplo da região nordeste, onde há vegetação rasteira.

Além disso, um novo tipo de instalação de usinas solares está em projeto. Trata-se das usinas solares flutuantes, construídas sobre reservatórios e lagos de hidrelétricas. Essas têm um ganho duplo, evitam o uso do solo e a evaporação da água.

Painéis solares não são recicláveis

Muitos questionamentos indicam que ainda não há políticas de reciclagem para os painéis solares. Alegam que no seu descarte futuro, muito lixo poluente pode ser gerado.

Apesar de uma placa solar ter 25 anos de eficiência, ou seja, seu descarte é a longo prazo, pensar em como minimizar esse problema futuro é importante e necessário.

Felizmente, as placas são passíveis de reciclagem. 90% dos resíduos não são perigosos, como vidro, polímero e alumínio. Porém, contém porcentagem de prata, estanho e chumbo. Com isso, o assunto merece atenção futura dos nossos pesquisadores.

Outras fontes de energias renováveis

Além do sol, há outras 4 fontes de energias renováveis mais conhecidas atualmente: vento, maré, biocombustível e biogás.

A energia eólica é empregada, principalmente, em locais onde há vento forte e constante. Este movimenta as hélices, que acionam um gerador produtor de eletricidade. Seus pontos negativos são o barulho e a interferência na passagem segura dos pássaros, que podem ser atingidos pelo equipamento.

A energia das marés é uma fonte sustentável nas regiões litorâneas. O movimento das águas funciona como fonte motriz para acionar geradores elétricos. Seu ponto negativo é a dependência de condições específicas do mar para que seja gerada energia suficiente.

O etanol e o diesel são os principais biocombustíveis. Oriundos de extratos vegetais, estão entre as maiores fontes energéticas do Brasil. Um ponto negativo dessa fonte é a demanda por grandes espaços de terra para plantio da vegetação.

O biogás vem da capacidade de certas bactérias transformar matéria orgânica em gases para gerar energia e adubo. Esse processo é substituto para os componentes vindos do petróleo. O detalhe negativo dessa fonte é a dificuldade de armazenar a quantidade de gás gerada, já que o investimento em pressurizadores é custoso.

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